11 fevereiro 2011

É pequeno, mas aconchegante.



Passo parte do meu tempo ali, escrevendo, lendo, pensando. Pensando na vida, no mundo nas coisas. Coisas que acontecem comigo, com os outros. Sentada na cama olhando umas fotos lembro-me da minha infância, dos meus amigos que tinha, mas que perdi pelo maldito destino que insistiu em nos separar.
Na estante, tenho uma coleção de caixinhas. Em uma delas guardo cartas. Às vezes passo horas lendo e relendo aquelas cartas, que me trazem lembranças boas. Lembranças que vão ficar sempre ali, guardadas. Na parte dos livros, tem uma bíblia que todas as noites antes de dormir leio um versículo. Em uma página guardo um trevo de quatro folhas e em outra uma pétala de rosa, que pertenceu a minha vó e hoje está comigo. A pétala, me transmite paz e certa esperança de que se ela estivesse aqui, tudo seria diferente. Mas eu entendo que Deus tinha um plano pra tudo isso.
Á tarde bate um solzinho na minha janela. O sol que nos dias de inverno aquece meu quarto e inspira minha alma. Olhando na janela tenho uma vista privilegiada pro morro, que me faz pensar na natureza que Deus criou, mas que o homem está destruindo. Quando tenho sorte ainda consigo ver o pôr do sol, que me faz lembrar um amor que não pode ser vivido pela distância. Mas que é sentido com muito carinho.
Para as paredes brancas falo coisas do meu coração, isso me acalma. Quando vou dormir pego minha almofada, que minha mãe me deu quando nasci. Agarro-me com ela junto ao meu peito para aliviar a minha dor. Dor que eu não entendo, apenas sinto.


                                                                                                    @letíciakassner

2 comentários:

  1. Nem sempre entendemos nossos sentimentos, mas fugir não alivia em nada.


    Beijos.

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  2. No fim, eu acho que, as coisas na vida estão mais relacionadas a sentir do que a entender, às vezes a compreensão (friamente falando) das coisas torna as dores mais dolorosas e as alegrias menos alegres, saca? Quando me vem esse tipo de sentimento tento entender, na verdade, o que ele significa e não de onde surgiu, nem porque...

    (gostei desse texto, me lembra muitas coisas... To seguindo...)

    abraço!

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