Foi a primeira vez que se encontraram. Olharam-se, um no olho do outro como se conseguissem saber o que o outro estava sentindo, se abraçaram como se um imã estivesse grudando os dois, ficaram abraçados por alguns minutos. A sintonia era tão forte que sentiam seus corações pulsar.

Ele a convidou para tomar um café, mas ela preferiu um chá. Ele falava coisas cultas e palavras estranhas, que ela nunca tinha ouvido antes. Ela era tímida e um pouco calada, conversava mais com olhares do que com a boca. O assunto já havia se esgotado e o silêncio reinou. Ele sorriu, ela sorriu. Mas mesmo com o silêncio eles conseguiam se comunicar, talvez com olhares ou com a alma.

Ele se aproximou e colocou a mão sobre o ombro dela, chegou perto do ouvido e disse sussurrando: eu sinto alguma coisa especial aqui, eu sinto alguma coisa especial com você. Ela abriu um sorriso no rosto e toda envergonhada disse: é sempre melhor quando estamos juntos. Daquele dia em diante, se tornaram um só. 
                                           
                                                                                                  @letíciakassner